quarta-feira, 27 de abril de 2011

Atividades

Faça as seguintes atividades, respondendo as perguntas nos comentários. Ao responder diga qual é a letra da atividade.

Todas as fotos foram feitas no Museu Arqueológico de Atenas.

Atividade A

Na foto acima vemos espadas e lanças utilizadas pela civilização no período neolítico. Quais materiais foram utilizados em sua produção? Porque, numa mesma espada (por exemplo a que está no centro da foto), uns materiais estão mais conservados que outros?

Atividade B

A estátua acima que retrata um esportista tem metade do mármore em quase perfeito estado e outra parte bastante desgastada. Porque isso poderia ter acontecido?

Atividade C


A balança acima é do período neolítico. Pensando no que vimos em outras aulas, tente fazer uma relação com a existência de pesos e medidas com a organização social. Poderíamos dizer por exemplo que isto significa uma complexificação social? Porque?

Ilha de Santorini - Sítio arqueológico de Akrotiri


Santorini é uma ilha no sul da Grécia, no Mar Egeu. Ela é composta por 3 vulcões, sendo que um ainda está em atividade e sua última erupção foi em 1950. Há 3mil anos atrás uma grande explosão dividiu a ilha em três partes, sendo que na menor delas estão três crateras vulcânicas.

Com a explosão, boa parte da ilha desapareceu, fazendo com que de redonda, ela passasse a ter uma forma de lua crescente.

Nesta foto podemos observar da parte maior, onde está a cidade, a ilha menor, onde estão situadas as crateras. Na próxima foto, vemos a cidade de Fira (Thira), a atual capital da ilha.



Essa capital está situada no alto da ilha, e suas construções beiram o precipício de mais ou menos 800 metros, fruto do rompimento da crosta da ilha a partir da explosão do vulcão.

Por conta da explosão, existem diversas teorias sobre a vida na ilha. Uma delas inclusive é de que a parte que explodiu abrigava a cidade de Atlantis, que seria extremamente rica e parte dela submersa no mar. Além dessa hipótese mitológica, encontraram-se na ilha diversos sítios arqueológicos. O principal fica no sul da ilha, na cidade de Akrotiri. Lá, em 1967, descobriu-se uma cidade inteira com casas de até 3 andares, com espaços sociais inteiros. Protegidos pelas lavas vulcânicas, diversos objetos de uso cotidiano praticamente inteiros, inclusive comida nas panelas. O curioso é que nenhum elemento humano foi encontrado, fazendo com que os arqueólogos acreditem que os habitantes da cidade tenham fugido antes do evento que disimou a cidade, seja ele uma guerra, um terremoto ou uma explosão vulcância.

Na escavação da cidade foram encontrados afrescos que decoravam as casas em seu interior. Um deles ficou muito famoso por representar dois meninos lutando boxe. Sabe-se que trata-se de meninos por sua coloração mais morena.


Acima mapa das escavações da cidade e abaixo uma foto das casas de três andares. (acervo do Museu Arqueológico de Atenas)

A foto abaixo mostra o trabalho de recuperação arqueológica da cama encontrada inteira que está exposta na foto seguinte.


Fotos dos afrescos encontrados. Estes são os originais e estão expostos no Museu Arqueológico de Atenas.


Abaixo podemos ver um recipiente em que se preparava a comida. As conchas de caramujo foram encontradas praticamente inteiras, conservadas pela lava vulcânica. Ao lado, estão outros elementos de comida encontrados. Em paralelo, vemos os mesmos alimentos encontrados hoje.

Por fim, cabe ressaltar que a civilização que morava nessa cidade era a Minóica, precursores dos gregos nas ilhas.

domingo, 17 de abril de 2011

Acropole

Pessoal!

Escrevo desde a Grecia. Por essa razao peco desculpas pelo texto sem acentos e cheio de erros ortograficos. Estou trabalhando num teclado configurado para o grego, por isso nao consigo escrever bem o portugues.

Mando algumas fotos de Atenas e principalmente da Acropole, que voces trabalharao em breve, comigo ou com o professor Edemar. Notem nas fotos e no videozinho as tonalidades do marmore. O mais bege e original, com mais de 2500 anos. O mais branco foi parte da restauracao de arqueologos, historiadores e arquitetos. Em algumas fotos voces poderao ver uma pequena parte desse trabalho.

Aproveitem e boa viagem!












quarta-feira, 6 de abril de 2011

PPT sobre Neolítico





O fim do Neolítico e o início da civilização

Durante cerca de 25 mil anos, o homem moderno (Homo Sapiens Sapiens) viveu da caça e da coleta de frutas e verduras da natureza. Foi durante esse período que ele desenvolveu ferramentas para aprimorar a caça, valendo-se de machados, lanças, controle do fogo e o posterior uso dos metais. Com o passar dos anos, nossos primeiros ancestrais criaram uma cultura própria e uma organização social, que incluía o convívio em bandos e a divisão de trabalho: enquanto os homens caçavam, as mulheres cuidavam das crianças.

Essa evolução social foi representada através da arte rupestre, que valeu-se de dois recursos: as esculturas e as pinturas. Acredita-se que essa nova organização social foi se complexificando cada vez mais e durante um período relativamente curto (2 mil anos) os homens constituíram sociedades protoestatais. Em torno de 15 mil anos atrás, os antigos rituais de fertilidade e controle da natureza se transformaram em religiões que foram a base para a constituição de novos e nascentes estados.

Vários são os fatores que podem ter levado a essa nova estrutura social, e várias são as teorias historiográficas sobre esse tema. Mas podemos sistematizar essas compreensões nos seguintes elementos:

Densidade populacional crescente: A habilidade e o controle da técnica de caça e defesa, aliada à divisão de trabalho entre homens e mulheres permitiu um crescimento populacional em todos os continentes, o que representava um duplo significado: mais facilidade para a vida dos humanos em sociedade e mais disputas por alimentos.

Domesticação dos animais: O homem conseguiu controlar os animais seja para uso na caça, como no caso do cavalo, seja para defesa, como o cachorro, ou ainda para o consumo, no caso da vaca, do mamute, do veado, aves, entre outros.

Implantação da agricultura: A partir da observação da natureza, conseguiu-se o domínio da agricultura. Isto representou uma grande revolução, já que o homem de coletor passou a ser produtor de seu alimento.

Início da sedentarização: Com o domínio da agricultura, o homem passou a se fixar em lugares, ao contrário do nomadismo anterior. Desta forma, começaram a existir os primeiros aglomerados urbanos, aldeias e mais tarde cidades.

Essa nova forma de viver promoveu um desenvolvimento social, redimensionando e reorganizando as interações sociais. Assim, começou-se a criar uma produção especializada, com o surgimento de sacerdotes religiosos e funcionários administrativos responsáveis pela organização do trabalho e a redistribuição. Como forma ideológica de organização, passou-se a construção de grandes templos e palácios, que representavam o primeiro eixo simbólico do futuro estado.

A organização da vida ao redor da religião e do palácio derivou a criação de sistemas de pesos e medidas e logo a escrita, que possibilitava registrar, retomar, atualizar e difundir o conhecimento. Coube aos sacerdotes o controle da escrita, o que acarretou numa estratificação social: por um lado uma classe de produtores e por outro uma classe especialista e dirigente – que tinha o monopólio da decisão e da força (funcionários, clero e exército). É nesta classe que surgirá a figura do rei, figura de poder absoluto que representa o intermediário com o sagrado – rei como representante de Deus ou descendente direto.

Assim, os primeiros protoestados, que logo darão surgimento ao Egito e à Mesopotâmia constroem uma visão mítica do mundo, baseado no politeísmo – onde os deuses representam as forças naturais -, numa concepção cíclica do tempo – mito do eterno retorno -, e uma produção artística religiosa comunitária e anônima.


PERRY, Marvin. Civilização Ocidental: Uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

CARDOSO, C. F. S. Sete olhares sobre a antiguidade. Brasília: UNB

Sociedades do Antigo Oriente Próximo. Rio de Janeiro: Ática

CHELIK, M. História Antiga: de seus primóridios à queda de Roma. Rio de Janeiro: Zahar

CHILDE, G. V. A evolução cultural do homem. Cap.5: A revolução Neolítica. Rio de Janeiro: Zahar, 1966.

ELIADE, M. Mito do Eterno Retorno. São Paulo: Mercuryo, 1992.